Domingo de fé.

Quando eu tinha meus 10 anos de idade, era considerado uma criança. Pra criança, é mais fácil acreditar que porcos voam do que acreditar que legume faz bem à saúde.


Nessa época, lembro-me de acreditar em Deus e rezar pra ele toda a noite, pedindo proteção para meus pais. Era tudo muito bonito, iluminado e em noites de divina generosidade, eu obtia até respostas vindas de uma voz grave e imponente.


As noites foram passando, eu fui crescendo, ficando barbudo e Deus falava comigo cada vez menos. Eu, por minha vez, também parei de puxar papo. Ficamos sem nos falar por muito tempo e acho que ele me excluiu do orkut.


Hoje em dia simplismente não acredito mais em Deus. Em todos os debates sobre religião que faço com amigos vez ou outra, sou criticado e visto como um radical sem coração. Mas isso não é verdade. No fundo eu gostaria de acreditar que há uma força divina que administra com maestria todo esse caos no qual a humanidade se banha. De que há um lugar bonito e florido para o qual vai cada boa alma que nunca matou, roubou, deu, ou desejou a mulher do próximo.


Mas pra mim não dá, não caio nessa. Mas deixo claro aqui, que respeito aqueles que acreditam e que são religiosos. Apenas não concordo.


Viva numa boa, respeite os outros, faça muito sexo e boas amizades, ganhe dinheiro e compre algo bonito, seja feliz e faça alguém feliz. Ouça boa música, toque guitarra, pule, corra, grite e seja você mesmo. Se depois disso, você morrer e der de cara com o capeta querendo enfiar o tridente no seu cu, você olha pra ele e diz:





"fudeu..."