domingo, 28 de fevereiro de 2010

O dobro do trabalho e metade do prazer

Hoje vou ser breve comentando apenas dois dos mais importantes fatos que me ocorreram. Um deles foi uma constatação:
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Tenho pena dos motoristas de ônibus, que atualmente vêm sendo obrigados a dirigir ao mesmo tempo em que dão o troco pras pessoas. E aqueles putos que aparecem com nota de 20? E o tempo que o cara perde pensando em qual é o troco certo? Só eu tenho medo quando o sujeito dirige com o cotovelo? Alguém já viu o 2112?


O outro fato não é fato, é mulher:

A vi hoje cedo enquanto estava na livraria esperando dar a hora de ir trabalhar. A livraria é um bom lugar pra ficar e passar o tempo. O fundo musical é um misto de jazz e bossa nova, a iluminação é fraca e amarela, e as poltronas são confortáveis. Seria um descanso normal se não fosse aquela mulher, menina ou moça. Uma mistura inconfundível de mistérios solucionados. Um riacho de peixes que respiram o ar que a gente gasta. Um universo de brilho e de um fosco contagiante.
Contagiante é a palavra. Ela me contagiou. Não fosse o bastante seu corpo magrelo estar envolto no padrão de menina descolada, ela também tinha uma coisa. Me parou. Roubou 15 dos meus minutos. Fui roubado.

Fui roubado...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Minha vida se escreve com "V" de vilão.

- Olá! Meu nome é Caio Marazzo e escrever nesse blog me faz feliz, melhora minha pele e regula meu intestino.

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Se você me conhece, sabe que eu já trabalhei nas mais diversas empreitadas que a vida pode oferecer ao homem e, sim, tenho apenas 20 anos de idade.
Dessa vez, resolvi aventurar-me no mundo das vendas. Sou oficialmente um vendedor de tênis numa loja de shopping, olha que bacana.
Durante a juventude, sempre pensei em o quão legal seria trabalhar como vendedor. Eles sempre parecem ser muito animados, divertidos e de bem com a vida. Mas eu também já pensei que Mc donalds servia comida de qualidade, então...

Eu tenho um crachá, nesse crachá está escrito o meu nome na parte de cima e na parte de baixo está escrito VENDEDOR. Isso significa que eu tenho uma função a cumprir e nesses últimos dias eu venho descobrindo-a e aperfeiçoando-a.

Sim, minha função é vender. Não é a de servir de elo entre a vontade do cliente comprar e a compra em si. Não é a de auxiliar o comprador, e definitivamente, minha função não se resume a fazer com que o cliente encontre exatamente o que ele precisa. Minha função, volto a dizer, é a de VENDER.

Comecei a trabalhar na loja com o estoque esburacado por conta das vendas de Natal. Isso tornou tudo mil vezes mais complexo. Mas foi ai que comecei a descobrir a maldade da coisa toda. Visto que se não tenho oq o cara quer, sou obrigado a convênce-lo a levar oq eu tenho, mesmo que ele não queira.

- Mas se ele não quer, como ele vai levar?

É ai que entra a vilania do vendedor, que passa por testes rústicos e maléficos a ponto de tornar-se tão malandro e dissimulado que consegue convencer uma senhora de idade a levar um Nike Shox vermelho-sangue pra corrida na montanha.

Vendedores foram esculpidos numa pedra que só se encontra no inferno.

Nunca confie num vendedor.

Vendedores falam, não ouça.




- Oi, esse tênis é bom pra corrida?
- Não. Mas dá uma olhada nesse outro aqui...